Com mais de 200 mil habitantes e um crescimento acelerado, Valparaíso de Goiás segue enfrentando um desafio histórico, a baixa representação política na Assembleia Legislativa do Estado. Embora seja uma das cidades mais importantes do Entorno do Distrito Federal, o município conta hoje com apenas uma deputada estadual, a Dra. Zeli, que, sozinha, encontra dificuldades para atender à vasta lista de demandas da população — que vão desde obras estruturantes até políticas sociais urgentes.

O contraste com Luziânia evidencia o problema. Com população semelhante e relevância regional consolidada, a cidade vizinha conseguiu construir uma bancada forte: dois deputados estaduais e um deputado federal. Essa representatividade ampliada garante mais voz, mais recursos e maior capacidade de articulação para fazer avançar projetos e investimentos estratégicos.

Em Valparaíso, cresce entre moradores, lideranças comunitárias e setores organizados o entendimento de que chegou a hora de mudar esse cenário. Para muitos, as eleições do próximo ano representam uma oportunidade decisiva para fortalecer o poder político da cidade.

“Temos força pra eleger dois deputados estaduais”, afirmou um líder local, refletindo o sentimento de que o município não pode mais abrir mão da influência que merece. Com orçamento pressionado, demandas acumuladas e necessidade de obras estruturantes — como mobilidade urbana, saúde, educação e infraestrutura — ter apenas um representante na Assembleia não é suficiente para disputar recursos e garantir prioridade no planejamento estadual.

Especialistas apontam que aumentar a representatividade é fundamental para que Valparaíso consiga negociar com mais firmeza, atrair investimentos e garantir que suas pautas não fiquem em segundo plano. Uma bancada mais robusta significa mais articulação política, mais emendas e maior capacidade de defesa dos interesses locais.

A mobilização pela eleição de dois deputados estaduais é vista como um passo essencial para que Valparaíso alcance o protagonismo político compatível com seu tamanho, sua força econômica e sua importância no Entorno. O futuro da cidade depende, cada vez mais, de sua capacidade de transformar população em poder de voz — e de voto. Por: André Teixeira – 62999907919.