O ex-governador José Roberto Arruda, reconhecido como um dos maiores tocadores de obras da história do Distrito Federal, esteve nesta quinta-feira no Setor Santa Luzia, na Estrutural, e se deparou com uma realidade que o emocionou profundamente. O cenário encontrado por ele revela um cotidiano marcado pelo abandono, pela precariedade e pela ausência do poder público.

Arruda relatou ter visto famílias vivendo entre esgoto a céu aberto, ruas sem qualquer infraestrutura e moradias cercadas por condições que ferem a dignidade humana. O impacto foi imediato: “O que vi me tocou profundamente. São cenas duras, que ninguém deveria enfrentar”, afirmou.

A visita reacende o debate sobre a necessidade urgente de intervenção pública em Santa Luzia — uma comunidade que historicamente sofre com omissões e falta de investimentos. A região, que abriga milhares de moradores, continua sem saneamento básico, drenagem, calçamento, áreas de convivência e equipamentos públicos essenciais.

Ao destacar as condições da Estrutural, Arruda também lembra o legado que marcou sua trajetória política. Sob sua gestão, o Distrito Federal viveu um dos maiores ciclos de obras já registrados, com entregas estruturantes em mobilidade, urbanização, infraestrutura e equipamentos sociais. Viadutos, avenidas, escolas, hospitais, estações do metrô, UPAs, parques urbanizados e amplos projetos de regularização fundiária transformaram a paisagem do DF e garantiram a ele, até hoje, o reconhecimento como um dos governantes mais realizadores da capital.

A comparação entre o vigor de obras do passado e o quadro atual de abandono em locais como Santa Luzia evidencia o tamanho do desafio. “Santa Luzia merece mais cuidado, respeito e presença do poder público. Não dá para fechar os olhos para essa realidade”, reforçou Arruda.

A fala do ex-governador ecoa entre lideranças comunitárias, moradores e especialistas, que apontam para a necessidade de um plano urgente e estruturado para recuperar a dignidade da população da Estrutural. Enquanto isso, Santa Luzia segue à espera de atenção — e de obras — que mudem sua história. Por: André Teixeira – 62999907919.