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Pressão por nova candidatura expõe insatisfação com hegemonia de Wilde Cambão em Luziânia

A política de Luziânia ferve — e o recado das lideranças locais é claro: o deputado estadual Wilde Cambão não pode mais ser o único nome do governo na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). O incômodo, antes restrito a conversas de bastidores, agora ganha voz pública e abre uma fissura significativa dentro do próprio grupo político governista.

Vereadores e figuras influentes do município afirmam que Luziânia, historicamente representada por múltiplos deputados, não pode se limitar a um único projeto pessoal. Para eles, a hegemonia de Cambão — que busca renovar seu mandato — precisa ser confrontada, não necessariamente pelo antagonismo, mas pela pluralidade.

Somos Luziânia e a cidade precisa ter representatividade na Alego. Sempre tivemos e não podemos retroceder”, afirmou um vereador ao Grande Brasília, revelando o incômodo crescente com a centralização do espaço político nas mãos do parlamentar.

O pedido que ecoa no governo – A candidatura da primeira-dama

O debate ganhou ainda mais força com a defesa explícita, entre vereadores aliados, de que a primeira-dama e médica Helena Coelho Sorgatto entre no jogo eleitoral para deputada estadual. A leitura interna é que Helena carrega atributos que atendem a demandas reprimidas da população: renovação, presença feminina, vínculo com a saúde e forte relação social com os bairros e distritos.

A Dra. Helena Sorgatto é carismática, forte, tem personalidade… é uma representante do novo, das mulheres, da saúde e do social. Luziânia, o Jardim do Ingá e a nossa zona rural clamam por ela. Será a mais votada”, afirmou o mesmo vereador, em tom de confiança absoluta — e de pressão evidente.

A mensagem, no fundo, é política. O grupo do prefeito tem força para lançar um nome competitivo e não pretende deixar Cambão nadar sozinho numa piscina que, até pouco tempo, parecia tranquila.

Ruptura silenciosa que pode virar terremoto

A movimentação é vista por analistas como um divisor de águas. Há anos, Cambão construiu uma base sólida em Luziânia e no Entorno, consolidando votos e alianças que o tornaram figura quase incontestável. Mas a política local mudou — e mudou rápido.

A defesa pela candidatura de Helena Sorgatto explicita três pontos críticos:

  1. Fadiga da hegemonia – parte das lideranças quer dividir o poder e reconstruir o protagonismo de Luziânia dentro da Alego.
  2. Reivindicação feminina e social – o nome de Helena chama atenção por representar setores que se sentem sub-representados.
  3. Autonomia do grupo do prefeito – o recado é claro: não basta apoiar Cambão; é preciso oferecer mais nomes, mais agenda e mais força política própria.

A possível entrada da primeira-dama na disputa não é apenas uma candidatura — é um reposicionamento estratégico do governo local. É a demonstração de que Luziânia não aceita ficar reduzida a um único projeto político. A pluralidade, exigida pelas lideranças, aponta para um novo capítulo na correlação de forças do município.

Luziânia volta a se enxergar como potência eleitoral

Se confirmada, a candidatura de Helena Sorgatto pode chacoalhar não só Luziânia, mas todo o entorno. O município — um dos mais populosos da região — possui densidade eleitoral suficiente para eleger mais de um deputado estadual e até influenciar na composição das forças dentro da Assembleia.

A pressão pública por mais representatividade revela que a sociedade está cansada de limitações impostas por acordos internos e quer ver Luziânia ocupando seu tamanho real na política goiana.

A disputa, antes sutil, agora é aberta – Cambão seguirá sozinho como principal nome da cidade — ou a força política do governo municipal vai, de fato, exigir espaço na próxima eleição?

A resposta começa a ser desenhada agora. E a sociedade, mais do que nunca, está atenta. Por: André Teixeira – 62999907919.

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